sexta-feira, 13 de maio de 2011

Em Minas, 10 Federais e o CEFET ajudarão a fazer o ENEM

"Veículo: Estado de Minas

Editoria: Gerais

Modificado.

Dez universidades federais de Minas Gerais serão parceiras do Ministério da Educação (MEC) na elaboração de questões para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O governo federal abriu chamada pública, no fim de março, às instituições públicas de ensino superior para montar as provas. Levantamento feito pelo Estado de Minas nas 11 federais do estado aponta que, com exceção da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), as demais deram sinal verde ao MEC. Além das universidades, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET
-MG) vai participar da força tarefa, que contará com 59 unidades de ensino superior em todo o país.
   

As questões elaboradas pelas universidades vão compor um banco nacional de itens, que deve ser aproveitado no Enem 2012. A proposta do ministério é usar a experiência das escolas federais em seus tradicionais vestibulares para aumentar de 10 mil para 100 mil o número de perguntas disponíveis para a montagem do exame nacional. Esse reforço no banco de questões também deve ajudar o MEC a tirar do papel, no ano que vem, a promessa de aplicar mais de uma edição da prova por ano. Na lista de colaboradores estão 45 universidades federais e estaduais, sete Cefets, cinco fundações universitárias e dois centros federais de ensino.

Em Minas, vão participar do banco de perguntas as universidades UFMG, UFOP, UFJF, UFLA, UNIFAL, UFU, UFTM, UNIFEI, UFV e UFVJM, além do CEFET-MG.

A adesão da UFMG ao processo é sinal de que estamos dentro do Enem e queremos participar cada vez mais. Nos interessamos pela possibilidade de criar uma parceria mais estreita com o MEC e usar a experiência que temos em processos seletivos para ajudar a aperfeiçoar o exame”, explica a pró-reitora de graduação, Antônia Vitória Aranha.

Na avaliação da coordenadora de processos seletivos da UFOP, Mariza Aparecida Pena, a experiência será importante também para melhorar a formação dos profissionais. “Além de ajudar a aumentar o banco de questões do Enem, nossos professores vão ganhar conhecimento na elaboração de um modelo diferente de perguntas. Nossas provas já caminhavam para um modelo multidisciplinar e a parceria vai ser rica nesse sentido”, diz. Representantes da UNIFAL e UFV destacaram a relevância da adesão para dar mais confiança à comunidade acadêmica sobre o Enem. E a Federal de São João del-Rei, única mineira a não atender o pedido do MEC, informou que preferiu aguardar antes de participar do projeto.

Segurança
 
Para evitar vazamento de questões e tentar garantir a segurança do Enem, profissionais das universidades parceiras vão receber treinamento nos meses de maio e junho e todo o trabalho deverá ser feito apenas em áreas de acesso restrito, em salas equipadas com câmeras de vigilância e computadores com controle de acesso. Todos os participantes deverão ser servidores ativos da instituição, nas áreas de docência ou pesquisa. Depois da capacitação do pessoal, o MEC vai firmar um convênio com as universidades e elas serão obrigadas a assinar um termo de sigilo e compromisso. Antes dessa parceria, as perguntas do Enem eram feitas por professores e especialistas contratados especialmente para esse fim.

As questões enviadas ao MEC devem ser de múltipla escolha e compostas por um texto-base, enunciado, cinco alternativas e apenas uma resposta correta, além de uma justificativa para cada opção. Os itens terão que atender à matriz de habilidades e competências do Enem e ainda passarão por uma revisão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do ministério responsável pelo exame. As instituições colaboradoras vão receber de R$ 30 mil, por 500 questões, até R$ 1 milhão, por cinco mil questões. O pagamento à universidade será por créditos que poderão ser transformados em apoio financeiro a projetos. Já os professores vão receber R$ 120 por questão e o revisor vai ganhar R$ 60 por pergunta.
 
Link de onde foi retirado:
http://www.ufjf.br/dircom/2011/05/09/clipping-ufjf-07-de-maio-de-2011-2/ "

Esta idéia do INEP/MEC de distribuir às instituições federais de ensino a tarefa de elaborarem as questões do Enem é excelente, e traz muitas vantagens! A produção de questões aumenta e se descentraliza; as universidades literalmente podem dizer que fazem o Enem, portanto, o seu vestibular em muitos casos; professores e instituições adquirem mais conhecimento; a confiança da população aumenta, na medida que sabe quem faz o exame, e são nomes de peso; além disto, o governo incentiva instituições e professores com financiamento e remuneração.

Tudo indica que o vestibular vai acabar, gradualmente, já que é um projeto do governo anterior que continua no atual e que tem sido encampado pela sociedade, apesar dos tropeços. A lista de adesão ao Enem dá uma boa mostra de como ele já se expandiu. Na verdade, ela é maior que o divulgado na notícia, pois esta não traz a rede federal nem as particulares, a grande maioria. Além disto, o Enem é critério para o ProUni e o FIES

Com as novas diretrizes aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação para o Ensino Médio, o que devemos é estar atentos para podermos incorporar rapidamente estas grandes mudanças. Agindo sempre na vanguarda. O estudante que agir assim vai se dar bem!

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